O resultado da reunião realizada hoje (25) com os vereadores da base de sustentação do governo na Câmara Municipal não deu outra: a vereadora Ivonete Ludgério será a Líder e terá, na vice-liderança, o apoio do vereador Bruno Cunha Lima.
Essa posição de Ivonete foi durante muito tempo ocupada pelo ex-vereador, dramaturgo, poeta, literato João Dantas, que na hora de defender ou de acusar soube fazê-lo com maestria. Usava como ninguém as nuances da semiologia interpretativa do Regimento Interno, este texto sacro que todo líder que se prese tem que tê-lo impresso na tábua da mente.
Não é com Maracajá nem com qualquer outro novato, sem demérito de nenhum desses ilustres, que Ivonete terá se preparar, nem mesmo com o próprio Presidente da Casa, Nelson com quem bateu boca, numa ação de fogo amigo, semana passada. Enfim, águas passadas não movem moinho.
A líder de sustentação terá que mirar em duas personagens que estão ali, com anos de convivência e matutação nas páginas do Regimento Interno: vereador Pimentel e o vereador Olímpio Oliveira. Esses sim, estão em estado de atenção do tipo "qap" e representam ameaças virtuais e potenciais à nova líder.
Pimentel, comedido, voltado mais ao discurso pacificador. Olímpio, parece esperar com ânsia algum deslize para reprisar aquele comportamento manifestado em tom de agressividade tal que por um triz não quebra aos murros a bancada, apenas para dizer de forma vociferante que aquela Casa não tolerará desmazelo com a lei maior que rege os trâmites: o Regimento Interno.
Torço para que a vereadora Ivonete exerça com proficiência seu papel, sobretudo, demonstrando maior controle mental, afinal, perder o controle é tudo que a oposição precisa para tripudiar mais uma vez.